(Bafatá, Guiné-Bissau, 12 de Setembro de 1924 — Conacri, 20 de janeiro de 1973)
(Bafatá, Guiné-Bissau, 12 de Setembro de 1924 — Conacri, 20 de janeiro de 1973)
Amílcar Lopes Cabral nasceu em Bafatá (Guiné-Bissau), na data de 12 de setembro de 1924. Filho de Juvenal António Lopes da Costa Cabral (cabo-verdiano) e de Iva Pinhel Évora (guineense), foi agrónomo, poeta, fundador do PAIGC – Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde – e considerado o pai da independência destes dois países.
1932
Aos oito anos de idade, a sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina (ilha de Santiago), que passou a ser a cidade de sua infância, onde completou o ensino primário.
1937
No ano de 1937-38, mudou-se com a mãe os irmãos para Mindelo, onde se ingressa no Liceu de São Vicente, onde veio a terminar o curso liceal em 1943. Amante do desporto, foi secretário do “Boavista Futebol Clube”, na Praia (Santiago), entre 1944-45, altura em que trabalhou, aliás na Imprensa Nacional de Cabo Verde.
1945
Após a conclusão do Ensino Secundário em São Vicente obtém uma bolsa de estudos para frequentar o Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, e viaja para Portugal em 1945-46, onde conhece, em 1946, a Maria Helena de Ataíde Vilhena Rodrigues, com quem se casa neste mesmo ano e viria, destarte ser a sua primeira mulher.
Em Lisboa (Portugal) participa ativamente na luta anticolonial fascista conjuntamente com outros estudantes africanos. Foi militante do Movimento de Unidade Democrático da Juventude (MUD-Juvenil) do qual afastou por divergências em relação às questões coloniais.
Amílcar Cabral sempre defendeu os ideais de libertação das colónias africanas, de modo assaz ativo. Conjuntamente com outros estudantes africanos (Francisco José Tenreiro e Mário Pinto de Andrade) cria em Lisboa, o Centro de Estudos Africanos, em 1951.
1952
Amílcar em 1952, já engenheiro Agrónomo, regressa a Guiné-Bissau, onde trabalha no posto experimental de Pessubé e realiza o recenseamento agrícola, o que viria a servir de base para a preparação da sua lúcida e eficaz estratégia da luta armada de libertação.
1956
A 19 de Setembro de 1956, Amílcar Cabral, juntamente com Aristides Pereira, Luís Cabral, Júlio de Almeida, Fernando Fortes, Elisée Turpin criam o Partido Africano da Independência/União dos Povos da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), defendendo a independência de Cabo Verde e Guiné Portuguesa de Portugal.
1963
O PAIGC que anos antes sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conacri, capital da República da Guiné, dá início à luta armada contra a metrópole colonialista, a 23 de janeiro de 1963, com o ataque ao quartel de Tite, no sul da Guiné-Bissau, a partir de bases na Guiné-Conacri.
1965
Em maio de 1965, casa com Ana Maria Foss de Sá, a sua segunda companheira.
No dia 1 de julho de 1970, o Papa Paulo VI recebe em audiência Amílcar Cabral (PAIGC), Agostinho Neto (MPLA) e Marcelino dos Santos (FRELIMO). Neste mesmo ano, Amílcar recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Lincoln (Estados Unidos da América).
1973
Morreu, assassinado, a 20 de janeiro de 1973, em Conacri (República de Guiné). Após a sua morte, a luta armada se intensifica e a independência de Guiné-Bissau é proclamada unilateralmente em 24 de setembro de 1973. Seu meio-irmão, Luís de Almeida Cabral, é nomeado o primeiro presidente do país.
Fontes: Uma oportuna súmula da vida e obra de Amílcar Cabral, de Francisco Fragoso “Kwame Kondé” (2018) e Wikipédia (2021).
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