Hoje, 20 de janeiro, celebrou-se, mais uma vez, o Dia dos Heróis da Luta para Independência da Guiné-Bissau e do Cabo Verde.
Para comemorar este evento e cumprindo a programação estabelecida para o dia de hoje, devido ao abuso de poder e interdição de acesso ao Mausoléu de Amura, campa de Amílcar Cabral e seus companheiros de luta, o PAIGC depositou Coroa de Flores no memorial de Pindjiguiti e na Rotunda de Aeroporto, em memória de todos aqueles que deram as suas vidas para a libertação do povo guineense e cabo-verdiano.
De seguida na Sede Nacional do PAIGC, decorreu a cerimonia de homenagem, ato central deste dia, com intervenção e depoimentos dos Combatentes da liberdade da Pátria e antigos alunos da Escola Piloto, que narraram os acontecimentos e processos que o Partido e o povo enfrentaram para alcançar a independência do nosso país, relembraram que, na altura, era preciso sacrificar para ter a liberdade e apelaram aos mais novo para inspirarem constantemente nos valores e espírito dos nossos combatentes com vista a reposição da legalidade democrática e estado de direito na Guiné-Bissau.
Durante o ato houve a intervenção do camarada Geraldo Martins, um dos vice-presidentes do PAIGC e Primeiro-ministro legitimo da Guiné-Bissau, que falou da necessidade de prevalecer a unidade e luta no seio do Partido, porque é preciso unir para poder lutar e é preciso lutar para manter a nossa unidade.
Agnelo Regala, falou em nome da coordenação da coligação PAI – Terra Ranka, teceu duras críticas as atitudes ditatórias do atual regime e a vã tentativa de deturpar a história da República da Guiné-Bissau. Ainda na qualidade de Combatente da Liberdade da Pátria, mostrou a sua determinação e dos seus camaradas, em lutar para reposição da liberdade, honrando o nome de todos aqueles que tombaram no caminho para a libertação do nosso país.
Antes do encerramento do ato solene na Salão Nobre Amílcar Cabral, o Secretário Nacional do PAIGC, António Patrocínio Barbosa, agradeceu os intervenientes pelas excelentes comunicações e aderência dos dirigentes e militantes do partido neste ato de homenagem aos Heróis de Luta de Libertação. Ainda apelou a unidade e luta dos militantes rumo a vitória do PAIGC e do povo Amílcar Cabral.
Para encerrar o ato, em nome do Presidium do PAIGC, Califa Seidi, um dos vice-presidentes do PAIGC, alertou os militantes para a necessidade de conhecer e fazer prevalecer a real historia do povo guineense, garantiu aos detratores que o PAIGC vai celebrar as nossas conquistas e nunca vai esquecer das datas importantes da nossa história.
Por outro lado, relembrou a necessidade urgente e atual da unidade e luta para poder libertar o nosso povo da tentativa ditatorial do regime em vigor no nosso país.
Explicou aos presentes que toda a luta, a de hoje como aquela de libertação nacional, precisa ser bem preparada e exige constante preparação dos nossos militantes e dirigentes.
Apelou aos presentes que devemos sempre recusar ser oprimidos por qualquer que seja a pessoa e em qualquer das circunstâncias, fazendo alusão aos acontecimentos da noite do assassinato físico de Amílcar Cabral, relembrando que, até na morte, o nosso saudoso líder nunca aceitou ser amarrado, dizendo aos seus assassinos que a sua luta e a do Partido era para libertá-los de ser amarrados pelos colonialistas e não podia nunca aceitar ser amarrado pelos seus supostos camaradas.
Antes de dar por encerrado a cerimónia de homenagem, o camarada Califa Seidi deu por aberta oficialmente as atividades comemorativas do centenário da Amílcar Cabral, que irão decorrer ao longo deste ano em todo o país e no estrangeiro.
É de salientar que, para além de Agnelo Regala líder de UM, também estiveram presentes nas atividades, António Samba Baldé, presidente do PSD, Silvestre Alves, presidente do MDG e altos dirigentes de todos os partidos que compõem a coligação PAI -Terra Ranka.