«Amílcar Cabral, uma Exposição», no Palácio Baldaya

«Amílcar Cabral, uma Exposição», no Palácio Baldaya

«Amílcar Cabral, uma exposição», está, desde o dia 16, aberta ao público, no Palácio Baldaya, em Lisboa. A inauguração contou com a presença do Presidente da República e do Ministro da Cultura de Portugal, de Representantes de países da CPLP, e ainda de familiares e camaradas de Amílcar Cabral.

Após a cerimónia de inauguração, em que tiveram a palavra o Presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Ricardo Marques; o Comissário Científico da exposição, José Neves; o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva e o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, decorreu uma visita guiada pelos curadores que percorreu os 50 objetos escolhidos para contar a história da vida de Cabral.

Mais tarde, perante uma sala cheia, Ângela Benoliel Coutinho, Julião Soares Sousa e Dino D’Santiago, moderados pelo investigador Alfredo Caldeira, refletiram sobre a relevância de Amílcar Cabral, da sua memória, valores e ideias nos dias de hoje.

«Amílcar Cabral, uma Exposição», iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, estará patente no Palácio Baldaya, em Benfica, entre 16 de março e 25 de junho. Tem entrada livre e pode ser visitada todos os dias das 9h às 22h.

A exposição sobre Amílcar Cabral é inaugurada no ano em que passa meio século sobre o seu assassinato (1973, Conacri), e conta a história do revolucionário que – ao lado dos seus camaradas do PAIGC – contribuiu decisivamente para o fim do último império colonial europeu. Mostra objetos e correspondência de Cabral, mas também imagens, sons e textos que outras e outros lhe têm dedicado. É uma exposição sobre Amílcar Cabral e as suas vidas posteriores.

“Amílcar Cabral foi uma figura destacada do século XX cuja memória permanece, seja no imaginário político ou no nome das ruas de vários países do hemisfério Sul, da África do Sul ao Brasil. A sua vida é hoje motivo de renovado interesse em África, assim como nas periferias de capitais europeias, em universidades ocidentais ou nos principais canais televisivos mundiais”, explica José Neves, membro da Comissão Científica da iniciativa.

No Palácio Baldaya estarão 50 peças que permitem uma viagem pela vida do agrónomo e líder nacionalista, mas não só: “Cada uma das peças expostas leva-nos a momentos e lugares da vida de Cabral, enquanto indicia o tempo, o espaço e a experiência de quem o conheceu, vigiou, admirou, filmou, retratou ou cantou. Cabral está omnipresente, mas muitas das 50 peças que exibimos têm protagonistas próprios, da fotógrafa italiana Bruna Polimeni ao músico angolano David Zé, passando pelo líder ganês Kwame Nkrumah”, acrescenta o historiador.

A partir da exposição, a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril vai promover iniciativas diversificadas – mesas redondas, concertos, visitas guiadas e cinema –, incidindo sobre temas como liberdade, colonialismo, luta anticolonial e descolonização.

Por Departamento de Comunicação
adaptado de presidencia.pt e www.50anos25abril.pt